Cultivar algodão pode ajudar mundo a sair da pobreza, aponta ONU. Brasil é um dos 5 países com maior potencial
A FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, aproveitou o Dia Mundial do Algodão, comemorado em 7 de outubro, para reforçar a contribuição da cotonicultura para o desenvolvimento social e econômico da sociedade e defender seu avanço como forma de combate à pobreza e contribuição ao atingimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Segundo a agência da ONU, cerca de 100 milhões de agricultores familiares, de 80 diferentes países, dependem atualmente da indústria do algodão para sobreviver, sendo as mulheres sua grande maioria.
Somente em 2021, a produção mundial de algodão foi avaliada em cerca de US$ 50 bilhões, enquanto o comércio global foi estimado em US$ 20 bilhões, reforçando a importância e potencial da cotonicultura para apoiar economias de países emergentes.
No entanto, o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, reforçou a importância de se adotar técnicas sustentáveis de plantio e cultivo e citou as mudanças climáticas, pragas e doenças como os principais desafios do crescimento da cotonicultura no mundo.
Segundo ele, atualmente, China, Índia, Estados Unidos, Brasil e Paquistão são os países com maior potencial para comandar esse processo de expansão sustentável do cultivo de algodão por, juntos, responderem por mais de três quartos de sua produção global.
A ONU aposta tanto na solução para combater a fome que instituiu, em 2021, o Dia Mundial do Algodão, e irá realizar evento global para debater com todos os seus países signatários soluções inovadoras para promover a sustentabilidade na cadeia de valor do algodão e incentivar o mercado, sobretudo para pequenos produtores.
Com informações de ONU News
Foto: UN Office in Uzbekistan/Dinara Chirkova