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Primeiro do mundo a entrar em operação, trem movido a hidrogênio estreia na Alemanha

Primeiro do mundo a entrar em operação, trem movido a hidrogênio estreia na Alemanha
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Começaram a circular, em setembro, na Alemanha, os primeiros trens movidos a hidrogênio. As duas composições farão um trajeto de 100 quilômetros entre as cidades de Cuxhaven, Bremerhaven, Bremervoerde e Buxtehude, ao norte do país europeu.

“O primeiro trem de hidrogênio do mundo está entrando em serviço comercial e pronto para produção em série”, disse o presidente da fabricante Alstom, Henri Poupart-Lafarge, na cerimônia de inauguração.

A cerimônia foi em Bremervoerde, a estação onde os dois trens da fabricante francesa serão reabastecidos com hidrogênio. Até agora, o trecho, não eletrificado, era atendido por trens a diesel.

A Alstom aposta na nova tecnologia como uma alternativa mais ecológica e silenciosa para o transporte ferroviário, e tem planos de entregar outros 14 trens de emissão zero até 2023 à operadora ferroviária local LNVG, do estado da Baixa Saxônia.

Os trens de hidrogênio são equipados com células de combustível que produzem eletricidade por meio de uma combinação de hidrogênio e oxigênio, um processo que tem como únicas emissões vapor e água.

Metas ambiciosas

Com metas climáticas ambiciosas, a Alemanha pretende reduzir suas emissões de CO2 em 40% até 2020 em comparação com os níveis de 1990, e se comprometeu a usar 80% de energia renovável em seu abastecimento elétrico até 2050.

O trem azul-claro da Alstom foi apresentado pela primeira vez ao mundo na feira da indústria ferroviária Innotrans em 2016 e apelidado pela empresa como o “trem do futuro”. Ele pode rodar por cerca de mil quilômetros com um único tanque de hidrogênio, que é semelhante à capacidade dos trens a diesel.

Energia elétrica

No cerne do sistema iLint está uma célula de combustível situada no topo do trem. O hidrogênio é fornecido à célula e então combinado com o oxigênio retirado do ar do ambiente em seu interior. Os dois produtos dessa reação química são a eletricidade, que é usada para alimentar uma tração elétrica que controla os movimentos do trem; e a água, que é emitida na forma de vapor.

Toda a energia elétrica que não é usada imediatamente para a tração pode ser armazenada em baterias de íons de lítio na parte de baixo do trem. Um conversor auxiliar também é usado para adaptar a energia para várias aplicações a bordo, como ar condicionado, sistemas de portas e mostradores de informações aos passageiros.

Produto limpo

Além de um produto limpo, as principais vantagens do iLint são seu gerenciamento de energia inteligente e armazenamento de energia flexível. A energia elétrica é fornecida sob demanda, o que significa que a célula de combustível só precisa trabalhar a todo vapor quando o trem permanece em estado de aceleração por períodos prolongados. Quando ele freia, as células de combustível são desligadas quase que completamente, economizando no consumo de hidrogênio.

Segundo a LNVG, operadora de trens local, os 14 trens que comprados da Alstom custaram cerca de 81 milhões de euros, o que é mais do que seria gasto com o mesmo número de trens convencionais a diesel. Mas Stefan Schrank, gerente do projeto na Alstom, diz que o investimento vale a pena.

“Claro, comprar um trem de hidrogênio é um pouco mais caro do que um trem a diesel, mas é mais barato de operar”, afirmou.

No entanto, ainda há a questão de como os trens serão reabastecidos e de onde virá o hidrogênio a longo prazo. Durante a fase inicial, a Alstom fornecerá o hidrogênio a partir de emissões industriais.

via Deutsche Welle em EcoD, com informações da IP/dpa/afp

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Trajano Xavier

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