De arara-azul a pica-pau, conheça 5 aves brasileiras ameaçadas de extinção
O Brasil possui uma grande diversidade de aves, que habitam os mais variados ecossistemas e biomas do país, como Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga.
Ao mesmo tempo em que a imensa variedade de espécies chama a atenção, o status de conservação de muitos desses animais é motivo de preocupação e alerta.
Em agosto de 2023, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, lançou a plataforma Salve, que reúne informações sobre a fauna brasileira.
No total, 1.252 espécies encontram-se ameaçadas de extinção. Confira, a seguir, cinco aves que estão classificadas (em ordem crescente de risco) como vulneráveis, em perigo ou em perigo crítico.
1. Papagaio-de-peito-roxo
No Brasil, a população de papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea) está distribuída da Bahia ao Rio Grande do Sul.
A extensa área de distribuição não significa que a espécie esteja livre de ameaças. O ICMBio afirma que, em mais de três décadas, houve um declínio populacional de 21% de papagaio-de-peito-roxo, fazendo com que ele seja classificado no status de vulnerável.
Atualmente, estima-se que haja cerca de 3.042 indivíduos maduros (capazes de se reproduzir) em território brasileiro – a ave também pode ser encontrada no Paraguai e na Argentina.
2. Araçari-de-pescoço-vermelho
O araçari-de-pescoço-vermelho (Pteroglossus bitorquatus bitorquatus) é uma ave endêmica de uma pequena área entre os estados do Pará e do Maranhão.
O animal está classificado como vulnerável, segundo o ICMBio, enfrentando ameaças como desmatamento, degradação e fragmentação florestal.
A área que o araçari-de-pescoço-vermelho vive já perdeu 70% da sua cobertura vegetal original. Essa diminuição do habitat da ave resulta diretamente em um declínio populacional estimado em 30%.
3. Arara-azul-de lear
Perfil de um arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari).
FOTO DE DIVULGAÇÃO SEMIL
Classificada como em perigo, a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) é endêmica do nordeste da Bahia e, segundo o ICMBio, estima-se que existam apenas 244 indivíduos maduros da espécie.
As ameaças à sobrevivência da espécie estão ligadas à perda de habitat, à ação de proprietários de plantações de milho e ao tráfico de animais silvestres.
A arara-azul-de-lear é apontada como uma das espécies mais cobiçadas no mercado clandestino – há relatos dessas aves sendo vendidas e apreendidas em outros países, como México, Reino Unido e Portugal.
4. Sabiá-castanho
Enfrentando declínio populacional pela perda de habitat, o sabiá-castanho (Cichlopsis leucogenys Cabanis) está classificado como um animal em perigo. A principal razão para a destruição da sua área natural é a expansão agrícola.
No Brasil, esse pássaro pode ser encontrado em uma pequena porção da Mata Atlântica nos estados do Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais.
O fato da ave ser “sensível a qualquer alteração ambiental e necessitar de florestas preservadas poderá torná-la ainda mais vulnerável”, alerta o ICMBio.
5. Pica-pau-amarelo
Conhecido popularmente pelo nome de “pica-pau-amarelo”, Celeus flavus subflavus é uma ave que se encontra criticamente em perigo.
Sua população atual está restrita a três localidades na Bahia (regiões de Belmonte, Camacan e Prado) e uma no Espírito Santo (Linhares), com estimativa de ter entre 100 e 250 indivíduos maduros.
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