Gigantes e com dentes. Estas aves habitavam a Antártida há 40 milhões de anos
Apesar de hoje em dia a Antártida ter um ambiente gelado, com colónias de pinguins e grandes blocos de gelo, há 40 milhões de anos o cenário era bastante diferente.
As investigações na Ilha Seymour, perto da Península Antártida, têm descoberto uma série de fósseis que indicam uma temperatura muito mais amena na área.
Desde plantas coníferas a rãs, a Ilha Seymour tinha um ecossistema muito diversificado, sugerem estes fósseis. Restos de marsupiais e parentes distantes de tatus e tamanduás sugerem as conexões anteriores entre a Antártida e outros continentes do hemisfério sul.
Os cientistas identificaram ainda o fóssil de um pássaro gigante que viveu há cerca de 50 milhões de anos, com uma envergadura de até 6.4 metros, o que o tornaria o maior pássaro da atualidade, o albatroz errante.
Os fósseis recuperados da Antártida representam os membros gigantes mais antigos de um grupo extinto de pássaros que patrulhavam os oceanos do sul.
Em comparação, o maior pássaro de hoje, o albatroz errante tem uma envergadura de 3 metros.
Chamados de Pelagornitídeos, os pássaros ocuparam um nicho muito parecido com o dos albatrozes de hoje e viajaram amplamente pelos oceanos da Terra por pelo menos 60 milhões de anos.
Embora um fóssil de pelagornitídeo muito menor seja datado de há 62 milhões de anos, um dos fósseis recém-descritos mostra que os pelagornitídeos maiores surgiram logo após a vida ter recuperado da extinção em massa de há 65 milhões de anos, quando os parentes dos pássaros, os dinossauros, foram extintos.