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Cidade do futuro: como Curitiba se mantém na vanguarda urbana

Cidade do futuro: como Curitiba se mantém na vanguarda urbana
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O Projeto de Gestão de Risco Climático Bairro Novo do Caximba é a maior intervenção socioambiental da história recente de Curitiba.| Foto: IPPUC/Reprodução

Curitiba é considerada há décadas uma referência em múltiplas áreas da gestão urbana. Seja em planejamento, mobilidade, sustentabilidade, economia criativa ou proteção social, a cidade permanece em constante inovação para garantir aos seus moradores – atuais e futuros – qualidade de vida e eficiência nos serviços públicos.

Inovação, aliás, é a premissa que permeia o planejamento estratégico da cidade. A Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, criada em 2007, atende às empresas que querem se estabelecer ou se consolidar na cidade, oferecendo informações técnicas, sociais e econômicas da região.

Em 2017, com o lançamento do projeto Vale do Pinhão, Curitiba deu um passo firme em direção à vocação de Cidade Inteligente. Sua principal bandeira é aproximar vários atores e manter o ecossistema integrado, com coesão entre as ações de universidades, empresas, startups e, claro, o governo.

Além de garantir um ambiente propício ao desenvolvimento tanto de negócios tradicionais quanto de disruptivos, a cidade precisa ser feita para que as pessoas queiram permanecer morando nela. Para ser a cidade do futuro, é preciso planejamento estratégico para obter resultados a curto e longo prazo. E isso Curitiba tem de sobra: projetos arrojados sempre estiveram em pauta e o setor de energia é o que apresenta ações mais transformadoras atualmente, como a pirâmide solar do Caximba e o programa Curitiba Mais Energia.

Conheça algumas das iniciativas que fazem de Curitiba a cidade do futuro:

Incentivo à energia limpa

Em 2020, Curitiba lançou o Plano Municipal de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima), com ações que incentivem o uso de energia limpa, diminuição de poluentes e que faça a cidade se tornar neutra em carbono até 2050.

Dentre as ações postas em prática desde a publicação do PlanClima, estão o Curitiba Mais Energia, em que a energia solar é a estrela. Foram instalados paineis fotovoltaicos no Palácio 29 de Março e no Salão de Artes do Parque Barigui. No aniversário da cidade em 2023, o antigo aterro do bairro da Caximba virou uma pirâmide solar para a geração de energia, com capacidade para 5 gigawatts de eletricidade.

Até 2024, estão no planejamento moradias populares com usinas fotovoltaicas no telhado, além da inclusão das placas em terminais de ônibus (Santa Cândida, Boqueirão e Pinheirinho) e na transformação de estações-tubo em prismas solares – a estimativa é que 60% da energia consumida na cidade será renovável e gerada dessa forma.

Os ônibus elétricos também estão no planejamento e devem somar cerca de 10% da frota municipal até 2024.

Desenvolvimento socioambiental

A reurbanização do Bairro Novo do Caximba está em andamento com a construção das primeiras 752 novas casas. O programa vai recuperar a Área de Preservação Ambiental (APA) no encontro das bacias dos rios Iguaçu e Barigui e também proporcionar moradia digna para a comunidade de 1.693 famílias da Vila 29 de Outubro, no Caximba. O projeto ainda prevê um parque linear, obras de infraestrutura de água e esgoto, iluminação pública e novos equipamentos de saúde, educação e assistência social.

Outra iniciativa é a Rede de Segurança Alimentar, que desde 2017 tem implantado hortas comunitárias em diferentes bairros da cidade. Atualmente, são 145 hortas urbanas que garantem alimentação saudável para quase 18 mil cidadãos, entre produtores, familiares e comunidade, nos bairros Caximba, Cidade Industrial, Pinheirinho, Alto Boqueirão, Cajuru, Rebouças, Santa Felicidade, Sítio Cercado, Uberaba, Guaíra e Tatuquara. Além de segurança alimentar, as hortas fortalecem a infraestrutura verde da cidade com cultivos naturais.

Atenção ao meio ambiente

Curitiba é famosa por seus parques e praças e pelos programas de incentivo à reciclagem e ao descarte correto de materiais não recicláveis, tais como eletroeletrônicos e resíduos de construção civil.

Uma das medidas para voltar a pautar a sociedade civil sobre a importância da preservação do meio ambiente foi o retorno da Família Folhas, campanha municipal educativa sobre reciclagem dos anos 1990. Curitiba também tem o Câmbio Verde, em que a população troca materiais recicláveis por frutas, verduras e hortaliças, além dos Ecopontos, para depositar resíduos não recicláveis, e os mutirões de recolhimento de lixo eletrônico da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Já a cobertura verde da cidade foi amplificada a partir do desafio 100 mil árvores, lançado na primavera de 2019. Desde então, foram plantadas 330 mil mudas em Curitiba, a partir da distribuição para a comunidade.

Fonte: Gazeta do Povo

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Trajano Xavier

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