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Morcegos imitam o zumbido de abelhas para afastar predadores

Morcegos imitam o zumbido de abelhas para afastar predadores
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Uma equipe de cientistas da Università degli Studi di Napoli Federico II em Portici, na Itália, conseguiu comprovar o primeiro caso de mimetismo acústico em animais. O estudo foi feito a partir de registros de morcegos-com-orelhas-de-rato imitando o zumbido de insetos para não serem devorados por corujas, seus predadores naturais.

Publicado na revista Current Biology na segunda-feira (9), o trabalho científico tem como objeto de análise o mimetismo batesiano, no qual um animal não venenoso mimetiza as características de outro animal parecido, porém mais perigoso. O presente estudo se destaca, pois tem um mamífero como mímico, insetos como modelo e pássaros como receptores.Fonte: Maurizio Fraissinet/ReproduçãoFonte: Maurizio Fraissinet/ReproduçãoFonte:  Maurizio Fraissinet 

Como cientistas descobriram que morcegos imitavam insetos para espantar corujas?

Um dos autores do estudo, o professor de Ecologia Danilo Russo explica em comunicado que, durante pesquisas de campo realizadas com morcegos, “eles invariavelmente zumbiam como vespas” todas as vezes em que eram retirados das redes ou processados. A princípio, eles pensaram tratar-se de um pedido de socorro ou alerta para outros de sua espécie.

Somente anos depois é que os pesquisadores decidiram investigar suas hipóteses sobre aquele som misterioso. A princípio, compararam a semelhança acústica entre os zumbidos dos morcegos e certos insetos himenópteros sociais que picam, como abelhas e vespas. Depois, esses sibilos foram reproduzidos para 16 corujas em cativeiro, oito Tyto alba e oito Strix aluco.

 

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Todas as corujas reagiram de forma parecida aos zumbidos de insetos e de morcegos, afastando-se dos alto-falantes. “É um tanto surpreendente que as corujas representem a pressão evolutiva que molda o comportamento acústico dos morcegos em resposta às experiências desagradáveis que as corujas têm com insetos que picam”, resume Russo.

ARTIGO Current Biology – DOI: 10.1016/j.cub.2022.03.052.

Por Tecmundo

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Trajano Xavier

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