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O futuro da construção: pilares dos edifícios Net Zero

O futuro da construção: pilares dos edifícios Net Zero
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No foco das discussões ambientais, as mudanças climáticas têm movimentado diversos debates sobre estratégias sustentáveis na construção civil. Entre estas estão os edifícios Net Zero: construções que compreendem um conjunto de alternativas para zerar emissões líquidas. Saiba mais a seguir!

O conceito Net Zero

Segundo o World Green Building Council, a indústria da construção civil é responsável por 36% do consumo energético, 38% das emissões de carbono e 50% do consumo de recursos em todo o mundo. Frente a esse cenário, uma das principais metas mundiais de sustentabilidade é zerar as emissões líquidas até o meio do século, com o propósito de estabilizar o aquecimento global abaixo de 2 °C, como consta no Acordo de Paris, de 2015.

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Na construção civil, o conceito Net Zero diz respeito a edifícios com balanço zero, ou seja, construções que no saldo anual produzem a quantidade de energia que consumem ou que absorvem o mesmo volume de carbono emitido por elas. Na luta contra as mudanças climáticas, esse conceito traz a possiblidade de contornar os efeitos do aquecimento global e caminhar rumo a um futuro mais sustentável.

Os edifícios Net Zero também são conhecidos por utilizar fontes locais de energia renovável, integrarem sistemas eficientes de iluminação e conforto, mitigarem o uso de combustíveis fósseis e serem autossuficientes em termos de energia, água e demais recursos.

Os pilares de edifícios Net Zero

Edifício sustentável com vidro ecológico

Para alcançar as metas sustentáveis, zerar as emissões líquidas de carbono e equilibrar o gasto energético, os edifícios Net  Zero recorrem a diversas práticas:

  • Arquitetura bioclimática: o uso desse tipo de arquitetura, somado a estratégias passivas de conforto, é essencial para construir um edifício Net Zero. Essa abordagem inclui o uso de materiais reflexivos, iluminação natural ampliada, orientação correta de esquadrias e proteção solar bem calculada, para que a construção faça proveito máximo dos recursos naturais.
  • Carbono incorporado: o carbono incorporado se refere à soma das emissões de gases do efeito estufa nas etapas construtivas de uma obra (extração, transporte, fabricação e instalação). Algumas práticas que reduzem o carbono incorporado em um edifício são o uso de materiais absortivos, como a madeira e o bambu, ou mesmo o vidro, que possui alto potencial de reciclagem.

Nas construções Net Zero, a Avaliação do Ciclo de Vida Ambiental é um método padronizado que quantifica os impactos ambientais do edifício, desde a extração de materiais até o fim da vida útil do empreendimento. Esse método é importante para selecionar com mais consciência e critério cada processo e material utilizado no ciclo de vida da construção – visando reduzir o carbono incorporado.

  • Energia renovável local: no centro do conceito Net Zero está a proposta de que o edifício supra toda a sua demanda energética, por meio de fontes renováveis de baixo custo, não poluentes e preferencialmente locais. Estruturas como painéis fotovoltaicos, sistemas eólicos e painéis de aquecimento de água fornecem autossuficiência energética e consideráveis reservas de energia.
  • Isolamento e envoltórias: para que o edifício possa fazer o máximo proveito das condições climáticas locais, recursos de isolamento e uma envoltória bem definida são fundamentais. Um edifício com bom isolamento térmico, por exemplo, gera menor perda de calor para o ambiente e reduz a necessidade de aquecimento, já que as paredes e tetos conseguem preservar a temperatura por mais tempo.

De modo semelhante, a entrada de ventilação natural na envoltória do edifício ajuda a resfriar os ambientes e reduz a demanda por sistemas de refrigeração. Com isso, eleva-se a eficiência energética da construção e se reduz a emissão do carbono operacional, aquele gerado durante o uso do edifício.

 

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Trajano Xavier

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